quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Algumas verdades.

Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoismo.
 
 Para qualquer escolha se segue alguma consequência.
 
 Vontades efêmeras não valem a pena.
 
Quem faz uma vez, não faz duas necessariamente, mas quem faz dez, com certeza faz onze.
 
Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível.
 
Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida.
 
O que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente, não é preciso perder pra aprender a dar valor, e os amigos ainda se contam nos dedos.
 
Aos poucos você percebe o que vale a pena, o que se deve guardar pro resto da vida, e o que nunca deveria ter entrado nela.
 
Não tem como esconder a verdade, nem tem como enterrar o passado.
 
O tempo sempre vai ser o melhor remédio, mas seus resultados nem sempre são imediatos.

domingo, 21 de novembro de 2010

Mais uma vez, amor.

E cá estamos nós mais uma vez, eu e meu coração. Juntei os cacos que estavam no chão e consegui amar mais uma vez, não porque eu queira, ou que tivesse tal intuito mas, porque se faz necessário dar-se mais uma chance ao amor e as infinitas maravilhas que quando é correspondido nos traz. E isso se fez em onze dias, isso mesmo, onze dias! Entre tantas conversas, pontos comuns eu descobri a pessoa que você é, tão parecida comigo e ao mesmo tempo distante também.  E dessa vez eu quero me entregar pra valer, muito mais peos riscos e perigos que essa relação nos traz. Eu quero sentir o calor sincero que só os seus braços me trazem, e na sua boca encontrar um motivo para sorrir.  Não quero desculpas, eu vou desmarcar todos os compromissos marcados para sentir seu perfume e me perder no seu olhar. Deitar no seu colo e me sentir acolhida e segura mais uma vez. Não se trata ainda de amar, se trata de um querer bem que já tomou conta dos meus pensamentos, e não há um dia que não merecorde de você. Eu preciso tanto de você amor, abre a porta e deixa eu entrar. E eu aqui perdida sem você, nessa solidão, vamos dê uma chance pros meus olhos se encontrarem com os seus e então ser o fim.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Vai passar. - Caio Fernando de Abreu

Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está ai, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada "impulso vital". Pois esse impulso às vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te supreenderás pensando algo como "estou contente outra vez". Ou simplesmente "continuo", porque já não temos mais idade para, dramaticamente, usarmos palavras grandiloqüentes como "sempre" ou "nunca". Ninguém sabe como, mas aos poucos fomos aprendendo sobre a continuidade da vida, das pessoas e das coisas. Já não tentamos o suicidio nem cometemos gestos tresloucados. Alguns, sim - nós, não. Contidamente, continuamos. E substituimos expressões fatais como "não resistirei" por outras mais mansas, como "sei que vai passar". Esse é o nosso jeito de continuar, o mais eficiente e também o mais cômodo, porque não implica em decisões, apenas em paciência.
Claro que no começo não terás sono ou dormirás demais. Fumarás muito, também, e talvez até mesmo te permitas tomar alguns desses comprimidos para disfarçar a dor. Claro que no começo, pouco depois de acordar, olhando à tua volta a paisagem de todo dia, sentirás atravessada não sabes se na garganta ou no peito ou na mente - e não importa - essa coisa que chamarás com cuidado, de "uma ausência". E haverá momentos em que esse osso duro se transformará numa espécie de coroa de arame farpado sobre tua cabeça, em garras, ratoeira e tenazes no teu coração. Atravessarás o dia fazendo coisas como tirar a poeira de livros antigos e velhos discos, como se não houvesse nada mais importante a fazer. E caminharás devagar pela casa, molhando as plantas e abrindo janelas para que sopre esse vento que deve levar embora memórias e cansaços.
Contarás nos dedos os dias que faltam para que termine o ano, não são muitos, pensarás com alívio. E morbidamente talvez enumeres todas as vezes que a loucura, a morte, a fome, a doença, a violência e o desespero roçaram teus ombros e os de teus amigos. Serão tantas que desistirás de contar. Então fingirás - aplicadamente, fingirás acreditar que no próximo ano tudo será diferente, que as coisas sempre se renovam. Embora saibas que há perdas realmente irreparáveis e que um braço amputado jamais se reconstituirá sozinho. Achando graça, pensarás com inveja na largatixa, regenerando sua própria cauda cortada. Mas no espelho cru, os teus olhos já não acham graça.
Tão longe ficou o tempo, esse, e pensarás, no tempo, naquele, e sentirás uma vontade absurda de tomar atitudes como voltar para a casa de teus avós ou teus pais ou tomar um trem para um lugar desconhecido ou telefonar para um número qualquer (e contar, contar, contar) ou escrever uma carta tão desesperada que alguém se compadeça de ti e corra a te socorrer com chás e bolos, ajeitando as cobertas à tua volta e limpando o suor frio de tua testa.
Já não é tempo de desesperos. Refreias quase seguro as vontades impossíveis. Depois repetes, muitas vezes, como quem masca, ruminas uma frase escrita faz algum tempo. Qualquer coisa assim:
- ... mastiga a ameixa frouxa. Mastiga , mastiga, mastiga: inventa o gosto insípido na boca seca ...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Se foi meu mais lindo cometa...

Eu vou pintar este céu cinza de azul. Um anil puro, singelo, limpo e saudável. Não quero tempestades, nem dias nublados. Irei também fazer com que nasca o sol mais brilhante e mais belo de todos. Irei colher as flores mais cheirosas e enfeitarei o teu cabelo, seus lindos cabelos negros. E então nos deitaremos olhando para cima, e você me falará que prefere as estrelas! Ora mais, eu fiz de tudo para te agradar e você me pede estrelas? Então farei anoitecer e você terá as mais lindas estrelas. Fará frio e eu te aquecerei com meu amor. Eu quero que o tempo páre nessa hora, e eu possa te admirar durante muito tempo, mil anos quem sabe. Te colocarei no meu cometa e te mostrarei a via láctea, te mostrarei o nosso planeta, todos os satélites naturais e todos os encantos. Tudo para que possa te ver sorrir. E quando chegar o momento de nos afastarmos e seguir cometas diferentes, não quero choro, nem lágrimas. Quero seu abraço mais apertado, seu beijo molhado e o seu mais sutil afago. Me olhe nos olhos e escute, eu não vou prometer que irei voltar, os ventos vão soprar, virá a solidão, mas quando o medo tomar conta de você, se enrole no meu amor e só assim não se sentirá sozinha. Quero ainda assim te ter por perto, ter-te-ei no lado de dentro. Não quero te ver triste moça , alegre-se por temos nos conheçido e juntos termos ressuscitado um ao outro. Haverá dias em que o frio irá entrar casa a dentro, e eu não irei fechar as portas, será aí então que poderei sentir seu calor. Eu vou fechar meus olhos bem fundo e imaginar você bem perto de mim, e só de pensar assim não me sentirei só. E eu te peço o mesmo, peço que não me esqueças, e se caso me esqueçer que seja bem devagarinho. Não tenhas pressas em substituir nosso amor, nossas noites de lua cheia, nem nossas conversas na varanda. E se o silêncio chegar, me ouça de longe tocar nossa canção. Eu farei o possível para que ela chegue até você, mas bem de mansinho , para que em cada nota sinta também um beijo meu. E se mesmo assim você ainda se sentir só, abra a janela a qual contemplavámos o pôr do sol, e junto com ele me envie toda sua tristeza, porque dela eu sei bem o que fazer: mais cartas de amor à você!

Mude, solte as correntes!

Eu quero que você me decifre, aposte suas cartas e tente saber quem eu sou. Quero ver se você é capaz de me conheçer o quanto sabe me julgar, e se você é tão bom em decifrar como é bom em maldar. Vamos, chegue mais perto, não tenha medo e não se sinta intimidado. A vida é um jogo e você tem que jogar as cartas. Amanhã é tarde demais para que você chegue perto de mim, posso já ter mudado. Afinal, mudanças são o meu forte e nunca houve algo que me definisse ao certo. Seja honesto com você mesmo, oras! Nem você mesmo se conheçe, porque quer saber quem eu sou? Eu corto, firo,  machuco e ainda deixo você profundamente apaixonado, com vontade de querer mais, sempre mais. Deixo minhas marcas, e você pode ter medo de não conseguir me domar. Aproveite a oportunidade e conheça mais de você mesmo, sinta o quanto é fraco e estúpido, e o quanto é fácil se apaixonar e perder as rédeas da sua propria vida, afinal somos isso mesmo, humanos, LIMITADOS, predestinados a falhar, a pedir perdão e a perdoar também. Não se engane, não finja ser o que não é, escute o que grita dentro de você, não camufle a dor, nem tente converter lágrima em riso. Se dispa, quebre as correntes, mostre suas mágoas a fim de esquece-las o mais rápido possível e se jogar numa nova aventura. Vamos, não tenha medo! Você terá uma pessoa a quem poderá segurar a mão no final, mas antes você será bem lapidado como um diamante. E então encontrará a paz de não errar mais como agora, ou como antes. E te desejo sorte, muita sorte! Irás precisar mais agora do que nunca, já que és capaz de entender que não é mais o mesmo depois de enxergar o quanto é fraco. Não desista, lá no fundo da sua alma você sabe que pode mais. Acredita, confia, segura forte esse carrossel louco que é viver e não se sinta enjoado quando a velocidade aumentar e você perceber que já passou por esse mesmo local antes. A vida é um giro de 360° em torno de seu proprio eixo e de repente as coisas mudam de lugar. E quem perdeu poderá ganhar. Mas não esqueça de optar pelo que faz o seu coração vibrar.

domingo, 7 de novembro de 2010

Não ouse voltar, não ouse sequer pensar em mim.

Eu deletei você daqui. Tirei o resto de suas roupas do armário, joguei seus presentes pela janela, queimei suas cartas e rasguei nossas fotos. Tirei os quadros da parede, apaguei seus rabiscos na minha agenda, te removi das minhas redes sociais, perdi seu número, deletei qualquer lembrança sua. Aquela sua blusa surrada a qual adorava dormir com ela eu acabei guardando-a no baú. Ainda está com seu cheiro, e ainda me sinto abraçada por você quando a visto nas noites de tormenta. Você se foi, e consigo levou metade de mim, e talvez nem saiba disso. Quando você acordar todas as manhãs não haverá ninguém pra te levar café da manhã na cama, não haverá mais jantares a luz de velas, e quando você se ausentar não haverá ninguém pra encher sua caixa postal de eu te amo, você é minha vida. Quando você adoecer não terá alguém controlando seus remédios, nem sua alimentação, e quando o fim do mês chegar você não terá ninguém pra salvar o seu dia. Ninguém, ninguém, ninguém! E por mais que tente não consigo te desejar felicidade, eu te desejo ninguém. Ninguém pra te abraçar por trás de surpresa, ninguém pra te dar amor, ninguém pra te fazer carinho. Ninguém que saiba o ponto certo do açúcar de seu café. Ninguém que saiba seu estilo, tamanho de sapato e de cueca, ninguém que te faça perder a respiração e mesmo assim se sentir feliz por amar alguém. Ninguém que te faça cafunés e te encha de beijos carinhosos.
Você se foi e nem sequer me perguntou como eu iria ficar, e você ainda quer que eu te deseje felicidade?
Não sejamos hipócritas com nós mesmos, até você nos primeiros meses vai desejar que te procure e me redime por algo que foi você quem o fez. Mas não volte, não ouse em retornar, não ouse em alimentar minhas fantasias mais uma vez. Eu vou ficar bem, ou pelo menos irei tentar. Não quero te ver por um bom tempo, quero que sangre, quero que rasgue, não quero cicatrizes por enquanto. Seja alguém coerente e vá terminando de me esqueçer, vá deletando o restante dos meus vestigios, fazendo o que eu estou tentando. Você é mais forte que eu, por isso em breve vai estar sorrindo ao lado de alguém e a desejando assim como me desejou. Vá embora, não ouse em voltar. Não ouse sequer em pensar em mim.

Amor


"O amor é arriscado, mas sempre foi assim. Há milhares de anos as pessoas se buscam e se encontram..."

Não mais que de repente.

Soneto da Separação

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Vinicius de Moraes

sábado, 6 de novembro de 2010

No meio de tudo , você.

Cartas, fotos, roupas sujas, papéis em branco, canetas velhas, chaveiros, flores murchas e no meio de tudo você. Eu olho para dentro de mim e não vejo nenhuma lembrança que não esteja seguida de sua presença. Eu te amei por oito meses, e agora o que fazer com esse amor? Você já seguiu seu rumo, já encontrou em outras bocas o que dizia ter encontrado apenas em mim. Você encontrou no calor de outra, o meu afeto tão sincero. E agora o que fazer com esse amor? Vou me rasgar, me cortar, quero deixar-me machucada, quero que as cicatrizes demorem a aparecer, quero a carne viva. E para que? Para me recordar o quanto um amor faz mal a saúde. Para todas as vezes que esse coração querer vibrar mais forte por outro alguém, eu recordar-me de ti, e então usar a razão. Te ligo, mando mensagens, recados, e-mails. E você , o que me manda de volta? Seu silencio. E como se não bastasse, finge que não sou mais ninguém, me enche de medo, me lança ao esqueçimento. E eu, o que faço com essa dor? Me dispo, escrevo, choro, pergunto-me : Porque? Porque? Porque?

E no meio de tudo, está você.

Nostalgia


Da esquerda para direita temos: Inair, Izabela e Felipe.
 Por algum tempo estas pessoas foram personagens do meu enredo, eles marcaram e deixaram marcas de uma amizade da qual eu tenho certeza de que não mais encontrarei. Me emocionaram durante todas as minhas manhãs do ano passado, e foi com eles que eu ri e chorei. Fazem falta, definitivamente existem dias em que eu quero tê-los de volta, em que eu os quero abraçar, sorrir ao seu lado, contar minhas coisas fúteis e algumas piadas. Os amo como eles nunca tivessem ausentado da minha vida, os amo como eles são e isso sim é amizade. Aos meus amigos, um beijo nostalgico.

Novos rumos.

É hora de soltar as correntes, de acreditar que tudo pode mudar, que as coisas não precisam ficar para sempre estáticas e sem movimento. Não é hora de contar derrotas, ligar mais uma vez sua televisão emocional e assistir suas tragédias. É necessário manter o olhar adiante, sempre com novos planos e algo guardado na mochila se caso nada sair como o planejado. Tempo? Ele não existe para você que sonha, sempre é época de realizar o que você tanto deseja. Portanto, corra, lute, mude, vença. Apenas você tem o dom de realizar o que deseja.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tentar sempre.

Não importa o quanto você tentou e deu errado. Não importa o quanto você confiou e quebrou a cara. Não importa quantas vezes você deu viagem perdida. Não importa se você teve que andar na chuva, muito menos as vezes que o seu coração foi partido... O mundo nunca vai parar para que você se ajoelhe e recolha os cacos do chão! As coisas simplesmente acontecem! O importante é não se arrepender de nada, viver cada dia, arriscar e ter a certeza que para cada lágrima que você derramar hoje, terão duas gargalhadas de perder o fôlego amanhã. E para cada pessoa que te fez mal hoje, mil te farão muito bem amanhã! Porque a vira volta da vida é pura estática: o que não soma, não subtrai, ZERA !