sábado, 6 de novembro de 2010

No meio de tudo , você.

Cartas, fotos, roupas sujas, papéis em branco, canetas velhas, chaveiros, flores murchas e no meio de tudo você. Eu olho para dentro de mim e não vejo nenhuma lembrança que não esteja seguida de sua presença. Eu te amei por oito meses, e agora o que fazer com esse amor? Você já seguiu seu rumo, já encontrou em outras bocas o que dizia ter encontrado apenas em mim. Você encontrou no calor de outra, o meu afeto tão sincero. E agora o que fazer com esse amor? Vou me rasgar, me cortar, quero deixar-me machucada, quero que as cicatrizes demorem a aparecer, quero a carne viva. E para que? Para me recordar o quanto um amor faz mal a saúde. Para todas as vezes que esse coração querer vibrar mais forte por outro alguém, eu recordar-me de ti, e então usar a razão. Te ligo, mando mensagens, recados, e-mails. E você , o que me manda de volta? Seu silencio. E como se não bastasse, finge que não sou mais ninguém, me enche de medo, me lança ao esqueçimento. E eu, o que faço com essa dor? Me dispo, escrevo, choro, pergunto-me : Porque? Porque? Porque?

E no meio de tudo, está você.

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