domingo, 21 de agosto de 2011

Carta ao meu ex-amor.


Londres, 25 de Janeiro de 2010.
Ao meu ex amor, mas grande colaborador de felicidade aos meus dias.

Estive por muito tempo, pensando numa maneira clara e evidente de te dizer o quanto foi bom, e o quanto você me ajudou a encontrar a mim mesma, e o quanto você fez com que eu entendesse sobre mim. Quis te dizer também que o pouco que estivemos juntos foi imensamente maior que todas as outras paixões que um dia avassalaram meu coração, que você marcou e ainda hoje de vez em quando me pego pensando em seus beijos. Gostaria de te pedir que não esquecesse o que vivemos, e que fizesse o possível para preservar nossas boas lembranças num lugar intocável, num lugar colorido, mas que, por favor, seja sem esperanças. Isso porque nós já tivemos nossa chance: eu de fazer você feliz e você de me completar.
E agora que essa chance acabou o que podemos fazer é lutar para que nossa história não seja só mais uma no cordel de tantas que já penduramos na janela do quarto, que ela seja a mais doce e a mais linda. Queria te pedir um favor, não deixe que o sol seque nossa história, nem que os ventos tirem a magia bonita que ela nos trouxe, pois ao poucos durante o tempo que ficamos juntos, comecei a acreditar levemente que se pode ser feliz com muito pouco, e essa tal magia não quero jamais que se perca de nós dois.
No mais, quero te dizer que foi bom, nós dois, nossos beijos, nossas conversas, nossos abraços, nossas noites na varanda, nossos pôr de sol, foi fantástico o tempo que estivemos e tivemos juntos. Me guarde como um sonho bom, que eu te guardo assim também.


Beijos, e que a vida te dê de presente um novo amor com cheirinho do mato!

domingo, 19 de junho de 2011

As consequências de sua ausência.

E agora, o meu corpo todo dói. Mas outrora ele estava em êxtase.
 Era sempre assim depois de nossos encontros na beira do lago. Mas naquele dia, não foi um encontro qualquer. Queria eu, que não fosse o último, mas vejo que o destino não mais nos aproximará. Passamos longos instantes vendo o horizonte, nos enxergando naquela limpidez da água, e nos beijávamos por longos minutos. Pudera eu imaginar que um dia eu voltaria aqui sem você? Como é diferente o verde das arvores, como é melancólico os cantos dos pássaros sem você para me fazer rir. Parece que também já não sou mais a mesma.
Já tinha parado de beber e de fumar por conta de você, mas agora o cigarro e o conhaque são os meus companheiros noite adentro. Mudei a cor do nosso quarto – corrijo - agora ele é só meu não é verdade? Eu o pintei de branco, e só irei colorir quando alguém chegar e preencher o vazio que me deixastes.
Mas que tola sou eu, quando imagino que realmente virá alguém que poderá preencher esse vazio. Leio e releio todas as nossas cartas de amor todas as madrugadas, e quando elas não são o suficiente para te trazer pelo menos em lembrança para perto de mim, eu ligo a TV e choro até com comercial de margarina. De manhã ao acordar, evito passar perto do lugar que você sentava para ler o jornal, parece tanto com você e seu suéter azul aquele lugar que eu resolvi não mudar, quem sabe um dia acordo e encontro você sentado.
Ainda freqüento aquele mesmo restaurante italiano. É tão engraçado quando o garçom me vem com duas taças e nosso vinho predileto, e me pergunta tão cordial se não terei companhia. Em resposta sorrio negativamente, mas por dentro eu desmorono. É estranho não te ter mais por aqui.  Uma vez por curiosidade eu contei os maços de cigarro que fumei numa só noite, e me pareceu passar dos dez. Nem lembro ao certo, eu estava bêbada e louca.
Quando você se foi, imaginei que iria mudar meus hábitos, que poderia ser livre, voltaria a caminhar, a malhar, iria trabalhar em paz sem me preocupar onde e com quem você estava. Isso é bobagem porque em nada mudou, eu continuo a imaginar onde e com quem você está. Só que desta vez, sei que estás longe.
Nos intervalos do trabalho eu retiro da bolsa o celular, digito seu número, mas me sinto incapaz de ligar. Sinto-me pequena, talvez pelo orgulho, pelo medo de como será seu retorno, não sei te explicar, mas eu gostaria, e muito que você voltasse.
Sabe Deus o que sua ausência me causou, o quanto eu tenho gastado em analistas, psicólogos, bares, boates e etc. Para compensar sua falta. Um absurdo engano meu, no fundo de mim sei que nada te trará de volta, e muito menos te substituirá. 

sábado, 18 de junho de 2011

Para grandes amigos.

Amigos. Eles são elos. Elos que nos ligam aos bons tempos, boas memórias, nos lembram como fomos felizes em determinadas épocas da vida e até mesmo o quanto aprendemos com aquelas lágrimas que foram derramadas nos seus próprios ombros em noites frias e escuras. Me conte(basta imaginar mentalmente) como foi a descoberta de suas primeiras amizades, quais delas ainda hoje perduram? O que você realmente fez para que essas amizades ainda existissem? Quantos amigos você perdeu? Quantos o tempo levou?
Eu poderia dizer dos amigos, que eles são anjos. Anjos que Deus no envia para tornar a vida mais leve, mais engraçada, mais fácil de ser vivida. E ainda poderia arriscar no palpite de que amigos são pessoas que sempre existiram conosco por se tratarem de extensão nossa, seja pelos mesmos gostos, por possuírem qualidades ou defeitos agradáveis que em nós nos falta, e mesmo assim continuam admirados por nós. E por isso também, são essência. Essência que perfuma a vida, essência que nos mantém acordados, vivos e sempre nos sacodem quando queremos desistir. Eles confabulam conosco, tramam, perdoam, choram, ajudam, mostram, indicam, perseguem, transformam, nos fazem bem. E tudo isso com a maestria de jamais perder a graça, de perder o entusiasmo.
Eles nos fazem parecer jovens mesmo quando as rugas apontam os anos, e nos fazem sentir bobos quando os cabelos brancos insistem em despontar. Amigo é alguém que admiramos, queremos o bem, torcemos, desejamos. Alguém que mesmo sem falar uma palavra, entendemos o que passa dentro da alma. E por isso talvez sejam tão necessários.
 Falar de amizade,  é falar de porto. Porto seguro, que não quer saber se a sua embarcação está furada, é grande demais ou pesada, apenas te diz por meio de um olhar: Estou aqui.  Uma espécie tão rara nos dias de hoje, que chego a pensar que conservar os velhos é o remédio antidepressivo melhor que existe para a modernidade, e para mim o mais recomendado também.
Porque amigos nos fazem rir, nos fazem sentir amados, protegidos, nos fazem sentir humanos, nos fazem sentir gente quando num mundo de pessoas sempre tão apressada e correndo contra o tempo, ninguém é capaz de te olhar nos olhos e observar como você está. As pessoas te olham superficialmente, isto é, quando olham.  Basta imaginarmos, como seriam os nossos amores, se antes eles também não fossem nossos amigos. Um amor não é só beijo, abraço, sexo, anos de relacionamento, amor é amizade. E digo,amizade é exemplo sincero do amor senão mola propulsora deste.
E por isso digo, se tens um amigo, nem que seja um único só, o preserve. 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Passado é passado, desejos nem sempre são o melhor para nós.

O que julgamos justo e desejamos para nós nem sempre é aquilo que Deus quer que aconteça naquele momento. Desespero, lágrimas, dor, saudade, nada disto fará com que o tempo volte ou o que você desejou aconteça. Acostumar-se com os giros que a vida dá é primordial para se transformar um adulto feliz e realizado. Não tenha pressa, e nem se deixe titubear quando a vida não te permite algo. Deus tem sempre algo de bom reservado pra você. O que passou calou, e o que virá dirá! Quem está no seu passado tem motivos suficientes para não estar no seu presente.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Hora de refazer as malas.

Então você joga fora tudo o que não te serve mais, todo aquele baú de coisas que só servem para te trazer lembranças, que mesmo sendo boas te impedem de viver o presente. Você desfaz as malas e tira a roupa de inverno que tinha colocado, porque agora vai fazer calor, o sol vai brilhar mais forte. É aí que você perceberá que encontrou o amor, mas não o amor que se esvai, que se destrói, que te machuca, é um amor arco-íris, um amor que ao invés de te trazer mágoas, vai te presentear com um tesouro não de ouro, mas de felicidade. Você encontrou o amor-próprio, e ele é quem te guiará daqui pra frente.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Vire a página.

Se por acaso acabou, vire a página. Não fique remoendo, não fique pedindo pra voltar, nem coloque em outra pessoa ou coisa a sua única chance de ser feliz. Você é independente, possui personalidade própria, e sempre que espera algo de alguém, a possibilidade de se decepcionar é muito grande. Quer chorar? Chora! Se despedace, grite, berre, mas não dê a outra pessoa o gosto de te ver mal, de te ver dependente dela. Quando encontrar a pessoa certa, você vai entender o porquê de não ter dado certo com ela. Enquanto isso não acontece, desliga essa televisão emocional, lê um livro, pratique um esporte, vá ao salão, se valorize, todo fim é novo início. Você tem que se dar a chance de tentar, de ir em frente, se isso não acontecer você vai estar sempre presa a quem já se libertou de você faz tempo. Não importa a circunstância, seja sempre mais você. No final das contas, você vai sempre aprender, sempre se auto-valorizar.