domingo, 19 de junho de 2011

As consequências de sua ausência.

E agora, o meu corpo todo dói. Mas outrora ele estava em êxtase.
 Era sempre assim depois de nossos encontros na beira do lago. Mas naquele dia, não foi um encontro qualquer. Queria eu, que não fosse o último, mas vejo que o destino não mais nos aproximará. Passamos longos instantes vendo o horizonte, nos enxergando naquela limpidez da água, e nos beijávamos por longos minutos. Pudera eu imaginar que um dia eu voltaria aqui sem você? Como é diferente o verde das arvores, como é melancólico os cantos dos pássaros sem você para me fazer rir. Parece que também já não sou mais a mesma.
Já tinha parado de beber e de fumar por conta de você, mas agora o cigarro e o conhaque são os meus companheiros noite adentro. Mudei a cor do nosso quarto – corrijo - agora ele é só meu não é verdade? Eu o pintei de branco, e só irei colorir quando alguém chegar e preencher o vazio que me deixastes.
Mas que tola sou eu, quando imagino que realmente virá alguém que poderá preencher esse vazio. Leio e releio todas as nossas cartas de amor todas as madrugadas, e quando elas não são o suficiente para te trazer pelo menos em lembrança para perto de mim, eu ligo a TV e choro até com comercial de margarina. De manhã ao acordar, evito passar perto do lugar que você sentava para ler o jornal, parece tanto com você e seu suéter azul aquele lugar que eu resolvi não mudar, quem sabe um dia acordo e encontro você sentado.
Ainda freqüento aquele mesmo restaurante italiano. É tão engraçado quando o garçom me vem com duas taças e nosso vinho predileto, e me pergunta tão cordial se não terei companhia. Em resposta sorrio negativamente, mas por dentro eu desmorono. É estranho não te ter mais por aqui.  Uma vez por curiosidade eu contei os maços de cigarro que fumei numa só noite, e me pareceu passar dos dez. Nem lembro ao certo, eu estava bêbada e louca.
Quando você se foi, imaginei que iria mudar meus hábitos, que poderia ser livre, voltaria a caminhar, a malhar, iria trabalhar em paz sem me preocupar onde e com quem você estava. Isso é bobagem porque em nada mudou, eu continuo a imaginar onde e com quem você está. Só que desta vez, sei que estás longe.
Nos intervalos do trabalho eu retiro da bolsa o celular, digito seu número, mas me sinto incapaz de ligar. Sinto-me pequena, talvez pelo orgulho, pelo medo de como será seu retorno, não sei te explicar, mas eu gostaria, e muito que você voltasse.
Sabe Deus o que sua ausência me causou, o quanto eu tenho gastado em analistas, psicólogos, bares, boates e etc. Para compensar sua falta. Um absurdo engano meu, no fundo de mim sei que nada te trará de volta, e muito menos te substituirá. 

sábado, 18 de junho de 2011

Para grandes amigos.

Amigos. Eles são elos. Elos que nos ligam aos bons tempos, boas memórias, nos lembram como fomos felizes em determinadas épocas da vida e até mesmo o quanto aprendemos com aquelas lágrimas que foram derramadas nos seus próprios ombros em noites frias e escuras. Me conte(basta imaginar mentalmente) como foi a descoberta de suas primeiras amizades, quais delas ainda hoje perduram? O que você realmente fez para que essas amizades ainda existissem? Quantos amigos você perdeu? Quantos o tempo levou?
Eu poderia dizer dos amigos, que eles são anjos. Anjos que Deus no envia para tornar a vida mais leve, mais engraçada, mais fácil de ser vivida. E ainda poderia arriscar no palpite de que amigos são pessoas que sempre existiram conosco por se tratarem de extensão nossa, seja pelos mesmos gostos, por possuírem qualidades ou defeitos agradáveis que em nós nos falta, e mesmo assim continuam admirados por nós. E por isso também, são essência. Essência que perfuma a vida, essência que nos mantém acordados, vivos e sempre nos sacodem quando queremos desistir. Eles confabulam conosco, tramam, perdoam, choram, ajudam, mostram, indicam, perseguem, transformam, nos fazem bem. E tudo isso com a maestria de jamais perder a graça, de perder o entusiasmo.
Eles nos fazem parecer jovens mesmo quando as rugas apontam os anos, e nos fazem sentir bobos quando os cabelos brancos insistem em despontar. Amigo é alguém que admiramos, queremos o bem, torcemos, desejamos. Alguém que mesmo sem falar uma palavra, entendemos o que passa dentro da alma. E por isso talvez sejam tão necessários.
 Falar de amizade,  é falar de porto. Porto seguro, que não quer saber se a sua embarcação está furada, é grande demais ou pesada, apenas te diz por meio de um olhar: Estou aqui.  Uma espécie tão rara nos dias de hoje, que chego a pensar que conservar os velhos é o remédio antidepressivo melhor que existe para a modernidade, e para mim o mais recomendado também.
Porque amigos nos fazem rir, nos fazem sentir amados, protegidos, nos fazem sentir humanos, nos fazem sentir gente quando num mundo de pessoas sempre tão apressada e correndo contra o tempo, ninguém é capaz de te olhar nos olhos e observar como você está. As pessoas te olham superficialmente, isto é, quando olham.  Basta imaginarmos, como seriam os nossos amores, se antes eles também não fossem nossos amigos. Um amor não é só beijo, abraço, sexo, anos de relacionamento, amor é amizade. E digo,amizade é exemplo sincero do amor senão mola propulsora deste.
E por isso digo, se tens um amigo, nem que seja um único só, o preserve. 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Passado é passado, desejos nem sempre são o melhor para nós.

O que julgamos justo e desejamos para nós nem sempre é aquilo que Deus quer que aconteça naquele momento. Desespero, lágrimas, dor, saudade, nada disto fará com que o tempo volte ou o que você desejou aconteça. Acostumar-se com os giros que a vida dá é primordial para se transformar um adulto feliz e realizado. Não tenha pressa, e nem se deixe titubear quando a vida não te permite algo. Deus tem sempre algo de bom reservado pra você. O que passou calou, e o que virá dirá! Quem está no seu passado tem motivos suficientes para não estar no seu presente.